quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Mãe Chinesa

"As minhas gémeas são tudo para mim. Em Hong Kong é moda ter uma empregada doméstica o dia todo para tratar da casa e tomar conta das crianças. Eu também tenho, mas prefiro tratar das minhas filhas eu própria. Eu e a minha irmã temos a nossa própria escola de Inglês e isso torna possível que tenhamos horários mais flexíveis. 
Os laços de família são muito importantes para os chineses. Tentamos apoiar-nos uns aos outros e funcionamos como uma unidade. Lembro-me que na Dinamarca, onde cresci, a maioria dos adolescentes sai de casa à volta dos 18 anos. Aqui, em Hong Kong, só deixamos a nossa família para casar, e isso não é malvisto. Há mesmo quem continue a viver em casa dos pais depois do casamento, escolhendo funcionar como uma família maior. Mas hoje em dia já há pessoas mais novas que escolhem viver de forma mais "ocidentalizada" e já saem mais cedo de casa para viverem sozinhos. 
Como chinesa, acho que a minha responsabilidade é ensinar às minhas filhas o valor da família, como um todo para que possam viver uma vida feliz e harmoniosa."
        Zoe Tsang, duas filhas de 2 anos, in Revista Activa, Maio 2015

Ignorava que tínhamos em comum com os chineses o valor dado à família. Sempre considerei essa característica latina, até mesmo alheia à cultura europeia. Acarinho-a e identifico-me com ela, promovendo-a da melhor forma que posso, ao fazer dessa crença um modo de vida. 

A família é a nossa base, onde aprendemos os valores fundamentais, quem nos protege, conforta e apoia. Sendo assim a pedra basilar da sociedade. Acredito que culturas evoluídas e prósperas necessitam da célula familiar funcionando desse modo. Portanto, devemos proteger e valorizar a família, neste conceito que nos é tão tradicional.