segunda-feira, 26 de outubro de 2009

UM CAPUCHO, DOIS LOBOS E UM PORCO VEZES TRÊS


É o nome da peça de teatro infantil que vimos ontem, no Teatro do Campo Alegre, no Porto.

Certamente levar as crianças ao cinema é dos programas mais comuns, sobretudo no Inverno, porém, Teatro é uma alternativa que não merece ficar de lado! Acredite, ver em carne e osso, mesmo ali ao lado, personagens vivas a falar aquele palavreado, é de dar muita gargalhada.

Marca todas as crianças, não há aventura com tal semelhança!
E para os adultos do alto das cadeiras, é para a tristeza um antídoto verdadeiro!

Um capucho vermelho, muito sabido e malvado que se passeia transversalmente por duas histórias, da vida encantado; dois lobos sedutores e esfomeados, e três porcos pelos seus tristes destinos marcados!

Uma peça de teatro combinada com projecção muda de filme, altamente musical e muito bailada. Os pequenos assistem a tal peça inusitada, completamente siderados!

Porém, na mensagem há muita verdade escondida, pronta a ser debatida, tal como o uso de peles, por vaidade!

Não perca, dê esta prenda, a si e à pequenada!
Do Norte ao Sul vai ser apresentada!
(Sábado 31 de Outubro a Quarta-Feira 4 de Novembro, no Teatro Maria Matos, Lisboa)


Nota: Parece que está em rima este post, não parece?! Saiu assim mesmo, não foi propositado!

Tenha uma óptima semana!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

“Patada de burro


(Imagem daqui)

Não chega ao céu”, já diz o ditado popular; isto significa que é algo tão desprovido de inteligência, interesse ou pertinência que deve ser ignorado.

Contudo, frequente e involuntariamente, damos uma ajudinha para que assim não seja. Acontece quando ficamos muito chocados com um comportamento que consideramos anti-ético ou incorrecto e na nossa estupefacção queremos denunciar, rejeitar aquilo que gostaríamos não tivesse sido feito, ou dito.
Lamentavelmente nessa nossa chamada de atenção estamos a publicitar aquilo que achamos que deveria ser suprimido. Um contra-senso, afinal. Estamos a potenciar o pontapé do burro!

Aconteceu comigo; quis denunciar algo que me afectou pessoalmente e dei publicidade à pessoa. E voltou a acontecer recentemente na blogosfera; verifiquei que “uma patada” alcançou dimensões exacerbadas porque muitas pessoas a publicitaram. Quem não sabia (muita gente!) ficou a saber; quem sabia pegou em paus e pedras (virtualmente, claro!), tudo porque “uma patada de burro” foi denunciada, quando mais deveria ter sido ignorada. Não se teria sequer aproximado do céu!

Obs: Os burros (animais!) que me perdoem, pelo uso abusivo do nome, mas a culpa é dos ditados populares porque, eu pessoalmente, acho-os uns animais fofíssimos de olhos meigos!

E a você, amigo leitor, desejo uma excelente semana!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

É de soja!


Há muitos, muito anos, comecei a ter pruridos em comer carne. Revia as vacas, de olhos tristes e convenci-me que eram efectivamente tristes, por saberem que acabariam sacrificadas no matadouro. Com os coelhos e galinhas era a mesma coisa; certa vez chorei abraçada à minha galinha, antes de a entregar a uma vizinha, para que a matasse. A minha irmã estava comigo e depois foi contar a toda a gente!Enfim, adiante…

Mas os meus pais não iam na minha história; vivíamos numa aldeia, toda a gente tinha animais para consumo e devíamos era dar Graças pelo que tínhamos à mesa. Portanto: - Come Fernanda Maria, e deixa-te dessas conversas!

E eu comi. E passou a saber-me muito bem. E mais tarde, quando vivi sozinha nem sequer me passou pela ideia ser vegetariana. No entanto, a ideia não tinha desaparecido de todo.

Há alguns anos deixamos (cá em casa) de comer carne de porco, no entanto era uma carne que achávamos saborosa. Actualmente comemos somente, quando nos é servida em casa de amigos ou familiares, mas já nem sequer nos sabe muito bem.

Mais recentemente, introduzi no cardápio uma refeição vegetariana por semana. No princípio, perante um prato de salada, o meu marido queixou-se (- Eu não sou grilo! ). Mas eu fui paciente, esperei. Mentalidades não se mudam por imposição, não é?! Pode funcionar na política, mas não no Lar! A quota do vegetariano e do omnívoro, onde é que se viu?! Enfim, quem espera sempre alcança e o facto do meu marido ser uma pessoa empenhada na defesa do meio ambiente também ajudou à causa.

Porém, aquilo que eu queria realmente era encontrar um substituto para a carne. Tentei a soja, mas o sabor não me convencia. Se não me convencia a mim, imagine à restante família, sem a minha boa-vontade! Por mais receitas que tentasse, nada. Desisti durante algum tempo, mas voltei à carga e com sucesso desta vez. Da 1ª vez fiz um picadinho de soja delicioso, que acompanhei com arroz branco e salada. Desta vez fiz uma lasanha e ficou muito saborosa. Convenceu a todos, marido e crianças! Vou passar a receita, pode ser útil a alguém.

Lasanha de soja

Hidrate cerca de 200 gr de soja (granulado fino) com água quente e um caldo Knorr, de carne, por 3 h. Mude a água duas vezes de hora a hora. Esprema a soja, passe por água, até deixar de sair espuma. Esprema bem. Faça um refogado com cebola e alho picadinhos e azeite.
Junte a soja, tempere com sal, pimenta, uma folha de louro,cominhos, cenoura ralada e vinho branco. Deixe cozinhar em lume médio cerca de 15 minutos e vá mexendo.
Depois é só montar a lasanha; forre o fundo do pirex com uma camada do picadinho de soja, queijo ralado e molho bechamel, coloque uma placa de massa de lasanha fresca. Volte a repetir as vezes que quiser. Cubra com bechamel, ketchup (ou molho de tomate) e queijo ralado. Vai ao forno a cozer cerca de 40 minutos, a 175º. Cubra com uma folha de alumínio, que é retirada somente para dar uma cor tostada clarinha, 5 minutos antes de desligar o forno.
Sirva com salada verde! E bom apetite!

Ah…onde entra o vinagre Gallo, sabor framboesa?! No tempero da salada! Recomendo vivamente, uma delícia!

Tenha uma óptima semana!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O meu cartão de visita

Certamente já conheciam a versão deste frigorífico, o que já dá uma certa ideia do fascínio que este electrodoméstico desperta em muita gente. Eu achei engraçado, porém não direi que este tipo de voyeurismo seja muito o meu género. Mas da minha irmã é: ela tem uma coisa por frigoríficos e despensas, rssss...vá-se lá saber porquê!

Há uns tempos, vi numa revista um artigo em que famosos mostravam um objecto, eleito por eles, que dizia imenso, ou o fundamental sobre eles. Fiquei a pensar qual seria o meu, se tivesse que escolher; uma jóia?! Umas sandálias?!
Um livro?! Não... nada tão politica-social-ambientalmente correcto! Mas antes algo bastante mais prosaico. É o meu frigorífico!
Quem entra na minha cozinha, adulto ou criança, é imediatamente atraído por ele; aproxima-se, observa, faz perguntas e comenta. Porque se você observar atentamente, o exterior do meu frigorífico conta muito sobre a minha vida. Vários desenhos, dedicados ao pai e à mãe, 2 horários de escola, lista de compras em papel reciclado, uma tabela com as farmácias de serviço, vários imanes referentes a países, um poema de Miguel Torga, um folheto sobre reciclagem, receitas de café, etc….

E você, caro leitor, terá algum objecto que revele a sua essência, ou forma de estar na vida? Vá lá, partilhe...

Tenha uma óptima semana!

Actualização: Frigorífico é geladeira no Brasil!