terça-feira, 23 de abril de 2024

Adoramos não ser responsáveis!

Na semana passada estava descalça no jardim, a "aterrar", quando já farta de ouvir a Becas a miar agressivamente à gata dos vizinhos, do lado de lá da rede, me levantei para a obrigar a sair daquele sítio, mas antes de chegar a ela, bati com o pé direito, com toda a força, na perna do banco de ferro; imobilizei-me imediatamente, e pela dor aguda percebi desde logo que aquilo poderia ser mau. A minha mente começou automaticamente a arranjar "culpados" para o acidente; o banco estava fora do sítio porque o meu marido o tinha tirado do lugar habitual para lavar a parede na semana anterior, e não o tinha reposto. Era, portanto, dele a culpa. Mas eu tinha-me levantado e dirigia-me à Becas, que me tinha obrigado e lá ir; a culpa era da gata! 

Mas a Becas miava à gata dos vizinhos, se ela não estivesse ali, nada disto tinha acontecido! A culpa era, afinal, da gata dos vizinhos! 

Porém, porque estava a gata dos vizinhos ali? Porque eu a habituei a dar-lhe biscoitos por aquele sítio, quando ela vem miar com fome. 

Fiz o círculo completo, em segundos; mas voltou para mim. Fosse como fosse, a responsabilidade seria sempre minha, todavia neste caso é por demais evidente. Ainda assim, a minha mente procurou descartar responsabilidades pelo acidente. 

Portanto, tenho uma pequena fractura no dedo mínimo do pé, e tenho que aguentar a dor e incómodo por cerca de 3 semanas, porque num momento de distracção, de irritação, não medi correctamente a distância entre a perna do banco e o passeio. Tudo eu. 

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Picadinho de Soja

 


Um picadinho super fácil, e proteico, de soja para complementar uma refeição rápida em que o arroz e a polenta já estavam feitos. Na falta de salada para acompanhar, que gosto sempre de ter no prato, usei o chucrute que é o meu grande recurso. 

Picadinho de Soja

Ingredientes:

1 chávena de soja biológica granulada

meia cebola

1 tomate muito maduro/ ou molho de tomate

1 dente de alho

salsa e coentros

sal, pimenta, pimentão, mangericão a gosto


Como fazer

Hidratar a soja em água quente, com uma folha de louro e deixar, enquanto se faz o refogado, com a cebola e alho picados; deixar estalar, e juntar o tomate ou uma chávena molho de tomate, deixar cozinhar em lume médio alguns minutos ( usando molho de tomate é muito mais rápido) mexendo ocasionalmente. 

Escorrer a soja, apertando-a bem para secá-la o mais possível, e juntar ao tacho com o molho. Envolver tudo, temperar com sal, pimenta, pimentão, mangericão, e a salsa e coentros. Deixar cozinhar lentamente, mexendo algumas vezes, até ficar cozida. 

É um picadinho óptimo para fazer com bolonhesa, nesse caso, o molho deve ser mais abundante. 

quarta-feira, 17 de abril de 2024

"Make Love Not War"!

Disseram-me que falam nas Notícias sobre o regresso do serviço militar obrigatório; no contexto da guerra da Ucrânia, onde os cidadãos ucranianos (novos e velhos, vi vídeos) eram caçados nas ruas, para serem enviados à força, sem preparação, para a linha da frente, para serem carne para canhão, e depois da França, na pessoa do Macron, dizer que era necessário enviar soldados franceses para lá, vem mesmo a calhar. 

Para mim isso é um retrocesso civilizacional, já passamos do tempo em que os conflitos se resolvem com guerras, devendo ser antes pela via da Diplomacia, a todo o custo. 

Eu não quero que os meus filhos sejam recrutados para nenhuma guerra; recuso participar desses joguinhos dementes dos que governam o mundo e provocam conflitos para proveito de alguns; mantendo sempre os seus a salvo, enquanto os filhos do povo são sacrificados em nome de valores pátrios, usados apenas quando convém aos políticos e outros que tais. 

Não é possível que uma mãe, um pai, um avô, uma avó sejam a favor das guerras! Quando trazemos descendência para este planeta só podemos ser a favor da Paz. Devemos exigi-la! 

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Primavera, Epítome da Mudança

Le Printemps, Monet

A Primavera é uma Estação surpreendente e deslumbrante, todos os dias há novidades, porém, durante grande parte da minha vida significava somente que o clima melhorava, e era altura de vestir roupa mais leve, comprar alguma de tendência, e comer outros legumes e frutas. A vida em si, do que me rodeava, passava-me ao lado. 

Não me apercebia de quando as folhas começavam a brotar nas árvores nuas e monocromáticas; não via os pássaros que chegavam, e partiam, em função da mudança de Estação; não ouvia verdadeiramente os seus cantos e chilreios; não notava a primeira borboleta do ano, ou a primeira abelha. 

Agora, que me sinto mais ligada à Natureza, observo tudo o que vive, parando e olhando realmente para todas as coisas, desejando profundamente gravá-las na minha memória como se fosse um disco externo, sem condicionantes. Sentido-me maravilhada com o crescimento, de um dia para o outro, das plantas, das flores; ontem a Roseira de Sta. Teresinha não tinha nada, hoje encontrei-lhe montes de botões, juro! Do dia para a noite acontecem milagres. O odor do Jasmim ou das frésias, que inunda o meu jardim, e onde obrigatoriamente páro e me inclino, como em reverencia, para o aspirar mais próximo, inebriam-me de espanto, como podem ser tão perfumados e doces?! As flores da Glicínia, cujo roxo já é uma festa para os olhos, atraem abelhas, zangões, vespas, e outros semelhantes, produzem um formidável zumbindo que me provoca uma alegria quase infantil, todos os anos. Como se o esperado fosse continuamente surpresa, sentindo que vivo para esses dias. É um maravilhamento automático. 

Na origem desta ligação mais forte à Natureza está a jardinagem, desde que comecei a dedicar-me mais seriamente ao Jardim que a minha consciência entrou noutra dimensão; eu sou um agente da vida, que a promove, a cuida, a observa em sua defesa. Sou protectora e admiradora. Estou fora dela, mas também faço dela parte. 

Só há uma constante na vida, a "mudança", e porém, os humanos são intrinsecamente reaccionários a ela, acredito que se estivéssemos mais ligados à Natureza, a nossa postura seria diferente; se vivêssemos realmente de acordo com as Estações tudo na vida fluiria mais naturalmente. 

quinta-feira, 11 de abril de 2024

A Multiplicação das Aromáticas


Já lhe aconteceu comprar vasos de aromáticas e rapidamente as ervas morrerem? A mim acontecia-me muito, independentemente do cuidado que tinha com elas. Entretanto, vi esta dica na página do French Gardener, no Instagram, e parece-me que realmente dá certo, por isso partilho.

Acontece que os vasos de compra estão sobrecarregados com pés das ervas e começam a atrofiar por falta de espaço; a solução é dar-lhes espaço, retirando a planta do vaso original e dividindo as raízes, cuidadosamente por 3 ou 4 porções, e plantar cada uma delas em 3 ou 4 vasos. Depois, é cortar as folhas pelas pontas para que o pé volte a rebentar imediatamente abaixo, e continue a produzir. 
Eu dividi por 4 o que resultou em 4 vasos bastante abundantes. 

Agora é aplicar isto a todas as outras aromáticas, para ter ervas durante muito e muito tempo!  

terça-feira, 9 de abril de 2024

Temos Uvas!

 


"O vinho de Março não vai ao cabaço.

O vinho de Abril vai ao funil.

O vinho de Maio bebe-o o Gaio"